Peço perdão,

21/07/2014 12:24

O Papa às vítimas de abusos: peço perdão, nenhuma tolerância para este crime

Na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco celebrou Missa nesta segunda-feira, dia 7, na presença de um grupo de pessoas vítimas de abusos sexuais por parte de membros do clero. Viveram-se momentos de grande intensidade e emoção.
Na sua homilia, pronunciada em espanhol, o Papa Francisco recordou a imagem de Pedro quando olha para Jesus que saía do interrogatório antes da sua morte e cruza o seu olhar com aquele de Jesus e chora. Hoje o coração da Igreja – afirmou o Santo Padre – vê os olhos de Jesus nas crianças abusadas. E os abusos são bem mais do que atos desprezáveis, são verdadeiros “sacrilégios” – sublinhou o Papa:

“... porque estes meninos e meninas tinham sido confiados ao carisma sacerdotal, para conduzi-los a Deus e esses sacrificaram-nos ao ídolo da sua concupiscência.”

Estes atos profanaram a imagem de Deus – continuou o Papa que considerou que estes atos execráveis perpetrados contra menores deixaram cicatrizes para toda a vida. “A estas famílias ofereço os meus sentimentos de amor e de dor” – reiterou o Papa Francisco que pediu perdão pelos abusos cometidos pelo clero:

“Perante Deus e o Seu povo estou profundamente desolado pelos pecados e graves crimes de abuso sexual cometidos por membros do clero contra vós e humildemente peço-vos perdão.”

O Santo Padre pediu também “perdão pelos pecados de omissão por parte dos chefes da Igreja que não responderam de maneira adequada às denúncias”. O Papa deixou claro que na Igreja não há lugar para quem comete abusos sexuais:

“Não há lugar no ministério da Igreja para aqueles que cometem abusos sexuais; e empenho-me a não tolerar o dano cometido a um menor por parte de quem quer que seja, independentemente do seu estado clerical.”

O Papa Francisco assegurou que continuará a estar atento à preparação para o sacerdócio contando também com a Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores. Recordemos que esta Comissão foi criada pelo Papa Francisco e integra a francesa Catherine Bonnet, estudiosa de psicologia e psiquiatria; a irlandesa Marie Collins, representante das vítimas de abusos; a inglesa Sheila Hollins, docente de psiquiatria; o jurista italiano Claudio Papale; a ex-primeira ministra polaca Hanna Suchocka; o jesuíta alemão Hans Zollner, decano da Faculdade de Psicologia da Universidade Gregoriana; o jesuíta argentino Humberto Miguel Yanez, diretor do departamento de Teologia Moral da Gregoriana e ex-docente no Seminário São Miguel de Buenos Aires. (RS) 

Papa Francisco esteve mais de três horas em encontros privados com vítimas de abusos

O Papa Francisco celebrou hoje Missa em Santa Marta com um grupo de vítimas de abusos sexuais por parte de sacerdotes. Segundo o Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a celebração decorreu logo no início da manhã e o grupo era formado por seis pessoas, três homens e três mulheres, oriundas da Alemanha, Irlanda e Grã-Bretanha. O Santo Padre encontrou-se depois em privado com estas seis pessoas na Casa de Santa Marta. 
Estas seis pessoas convidadas pelo Papa Francisco chegaram ao Vaticano no domingo à tarde e jantaram na Casa de Santa Marta, onde estiveram com o Santo Padre. Todo o grupo tomou o pequeno-almoço em conjunto e depois cada uma das vítimas esteve pessoalmente com o Papa, no primeiro encontro do género deste pontificado.
Estes encontros aconteceram a seguir à Eucaristia e foram de grande intensidade pois o Santo Padre encontrou-se em privado com cada uma destas vítimas de abusos. Grande intensidade destes encontros que duraram mais de três horas. A palavra ao Padre Lombardi:

“A excecional e notável amplitude que tiveram estes encontros. Ou seja, o Santo Padre esteve com estas pessoas vítimas de abusos em encontros durante mais de três horas consecutivamente. E com um estilo muito próprio de encontro muito envolvido e pessoalmente muito intenso e atento.”

O Padre Lombardi neste seu encontro com os jornalistas referiu-se ainda ao facto de ele próprio ter testemunhado a comoção e gratidão revelada pelas pessoas que iam saindo do encontro privado com o Papa Francisco:

“Posso testemunhar da profunda gratidão e comoção destas pessoas que tiveram a possibilidade de ter um encontro assim aprofundado e pessoal com o Santo Padre. Em particular tiveram a perceção de serem escutadas com muita atenção e disponibilidade.” (RS)

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